“Eu sinto muito pela sua dor. Sofrer um aborto dói demais”.
Obrigada por ler este artigo. Peço-lhe que ao final, deixe abaixo um comentário com suas impressões. Se restou alguma dúvida, não hesite em me perguntar.
Se você não sabe o que dizer a uma mulher que sofreu um aborto, diga apenas: “Eu sinto muito. Não foi sua culpa”.
Não diga que logo virá outro filho. O filho dela está morto e nenhum outro o substituirá.
Essa mulher precisa viver esse luto nesse momento e não o ignorar. E precisa do apoio incondicional de quem está ao seu lado: familiares, amigos, principalmente, do seu esposo.
Você sabia que 10 a 20% das gestações evoluem para aborto espontâneo? Sim, esta é a estatística, mas nós, médicos, não falamos muito sobre isso. Por quê? Porque existe um tabu sobre o tema. Ninguém segue a vida normalmente após um aborto, como se nada tivesse acontecido.
Eu já passei pela experiência do aborto
Confesso: eu também já sofri um aborto espontâneo. Foi uma das maiores dores da minha vida. Eu não estava preparada. E desconfio que ninguém esteja.
Depois do exame no qual não se detectou batimentos cardíacos do meu bebê, eu tive uma crise de choro. Formou-se em mim um vazio. Num minuto eu estava grávida e no outro, carregava em mim um ser sem vida. Foi dilacerante, um misto de culpa e dúvida. O que tinha acontecido?
Quem tocava no assunto, dizia que logo viria outro, mas não. Essa frase não me ajudou. Na verdade, trazia a dor de novo.
Eu precisava de colo e só.
Esperar a expulsão do feto foi muito dolorido. Fiquei dias esperando até que ele saísse do meu corpo, e a dor só aumentava. E imagino que eu não sou a única a ter estes sentimentos de vazio, de desconsolação.
Esperar a internação para curetagem dentro de uma maternidade tem o poder de estraçalhar o emocional de uma mulher que sofreu um aborto. Ficar naquela sala de espera com todas aquelas mulheres prontas para internar e ter suas cesáreas agendadas é desumano. A vontade que dá é de se trancar no banheiro até que te chamem para o quarto.
Na Medicina Ocidental existem diversas causas de aborto, como problemas no útero, alterações hormonais, genéticas, SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) e outras mais. Na Medicina Chinesa, os abortos espontâneos se relacionam à deficiência nutricional, à falta de exercícios físicos regulares, a uma energia que não circula com qualidade por causa de bloqueios emocionais guardados há muito tempo e que podem ser reequilibrados com acupuntura, fitoterapia, meditação.
Como médica, especialista em Medicina Chinesa, e por já ter tido a experiência do aborto, eu digo: a melhor escolha para uma futura mamãe é cuidar bem do seu corpo, nutrindo-o adequadamente, fazendo exercícios físicos regulares e controlados, buscar a paz interior, principalmente, com a meditação, e utilizar-se dos benefícios da acupuntura e da fitoterapia.
Deseja mais orientações a respeito, entre em contato.