O que é a Perimenopausa?
É o período que antecede a menopausa e pode iniciar até 10 anos antes da última menstruação, quando seu ovário começa a dar sinais de desgaste, alterando a produção dos hormônios.
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A maioria das vezes, essa mulher com mais de 40 anos, têm sintomas comuns que ela atribui apenas à rotina exaustiva do trabalho e do dia a dia, mas não às suas oscilações hormonais. É muito comum, uma mulher levar anos para buscar esse diagnóstico e começar a se tratar.
De acordo com os estudos da Dra. Jerilynn Prior, a perimenopausa pode ser cheia de paradoxos. Muitas mulheres ficam surpresas ao experimentar menstruações intensas e coágulos, além de sentirem que a perimenopausa é um sinal de envelhecimento. No entanto, esta fase é marcada não apenas por mudanças físicas, mas também por um crescimento emocional e uma oportunidade para redefinir a feminilidade e a autoconfiança.
Climatério é um termo mais amplo que inclui perimenopausa, menopausa e pós-menopausa.
Sintomas comuns da perimenopausa
Ciclos Menstruais Irregulares e mudança no fluxo: um dos primeiros sinais da perimenopausa é uma alteração nos ciclos menstruais, que podem se tornar mais curtos ou mais longos, e a quantidade de fluxo que pode variar, assim como a presença de cólicas que não existiam antes.
Ondas de Calor (fogachos): Sensação súbita de calor, geralmente acompanhada de sudorese, que pode piorar à noite (sudorese noturna).
Alterações de Humor: Mudanças emocionais súbitas, onde de uma hora para a outra você sai da tristeza à excitação, podendo ter muita irritabilidade ou reações desproporcionais às situações.
Insônia e Alterações no Sono: Dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo.
Secura Vaginal: A diminuição do estrogênio pode levar à secura vaginal, o que pode causar desconforto durante a relação sexual.
Diminuição da Libido: Muitas mulheres notam uma diminuição no desejo sexual e não sabem como lidar com isso, passando a evitar o parceiro.
Aumento de Peso: Mudanças hormonais podem resultar em ganho de peso, especialmente na região abdominal e nas mamas, mesmo você mantendo sua alimentação balanceada e rotina de atividades físicas como antes.
Dores de Cabeça: Você pode começar a ter dores de cabeça, muitas vezes incapacitantes.
Mudanças na Pele e Cabelo: A pele pode tornar-se mais seca e fina, assim como o cabelo.
Dificuldade de Concentração: Algumas mulheres relatam problemas de memória ou dificuldade de se concentrar. Talvez você fosse uma multitarefa e agora mal consegue fazer uma tarefa por vez.
Fadiga: A sensação de cansaço e falta de energia pode surgir do nada.
Alterações Intestinais como diarreia ou constipação.
Como a Medicina Chinesa pode ajudar?
A Medicina Chinesa considera que a saúde da mulher está intrinsecamente ligada ao equilíbrio dos órgãos internos e às energias yin e yang que entram em desequilíbrio com o excesso de trabalho, estilo de vida desregrado e o estresse emocional. Assim, por meio de práticas como a acupuntura, o uso de ervas medicinais e dietoterapia chinesa busca harmonizar os desequilíbrios hormonais.
A acupuntura redireciona a energia dos locais com mais energia para os que têm menos, aliviando as cólicas, melhorando a perda urinária, o ressecamento vaginal, a secura da pele, as ondas de calor ou fogachos, o desconforto na distensão dos seios e abdome.
A dietoterapia atua no reequilíbrio da energia nos órgãos através dos ajustes alimentares de acordo com a classificação energética dos alimentos e não apenas nutricional. Ou seja, as cores e o sabor dos alimentos, assim como a sua temperatura influenciam na sua ação no corpo feminino.
Já a fitoterapia, utilizando os princípios ativos de inúmeras plantas em fórmulas completas e muitas vezes milenares, contribui para alívio desses sintomas e desconfortos.
A Medicina Chinesa enfatiza a importância da conexão mente-corpo. As práticas de autocuidado e a busca por um espaço seguro para expressar emoções são essenciais durante essa fase da vida da mulher.
O cuidado com as emoções é essencial nesse tratamento, uma vez que a Medicina Oriental entende que as emoções não cuidadas podem ser a causa dos desequilíbrios, como uma tristeza profunda, raiva desmedida ou a sensação de insegurança permanente, que afetam órgãos como os pulmões, o fígado e a vesícula biliar e os rins e a bexiga. Cada emoção afeta um órgão.
Esses métodos não apenas ajudam a aliviar os sintomas, mas também promovem uma sensação de bem-estar e vitalidade, permitindo que as mulheres se reconectem com seus corpos, suas emoções e sua feminilidade em um nível mais profundo.
A perimenopausa é uma jornada complexa, mas você não precisa passar por ela sozinha.
Ao abraçarmos essa fase como um capítulo de autodescoberta, podemos transformar desafios em oportunidades.
Cada sintoma, cada mudança é uma mensagem do nosso corpo, um convite para ouvir e aprender.
A transição para a menopausa é vista como uma ponte, uma estrada que leva a mulher a deixar de olhar apenas para as necessidades dos outros ao seu redor, para passar a cuidar dos próprios sonhos e desejos. Os orientais costumam dizer que esse importante momento da mulher se dá quando o sangue deixa de fluir para o útero para gerar bebês e passa a fluir mais intensamente para o coração, para gerar sabedoria, criatividade e novos projetos no mundo.
A chave é considerar que, embora as mudanças possam ser desconfortáveis, elas também são uma chance de crescimento, evolução e amadurecimento.